A vaga da cadeira número 24 da APL, Academia Paraibana de Letras, cujo patrono é o pintor Pedro Américo, aberta com o falecimento do homem público e escritor, Evaldo Gonçalves, de saudosa memória, tem, no poeta e ensaísta, Francisco Gil Messias, um candidato à altura da histórica cadeira, fundada por Horácio de Almeida e sucedida, em primeira mão, pelo historiador José Joffily de Mello. Francisco Gil Messias, nascido em João Pessoa, em 1955, é
bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFPB e mestre em Direito do Estado pela UFSC. Foi Procurador Federal, do quadro da Advocacia-Geral da União, junto à Universidade Federal da Paraíba, onde prestou serviços desde os idos de 1980. Além de sua formação jurídica, Francisco Gil Messias cultiva o campo literário na qualidade de refinado leitor e bibliófilo, assim como de poeta marcado por um lirismo de teor filosófico e meditativo, exemplarmente demonstrado nos seus dois livros de poemas, a saber: “Olhares: poemas bissextos” e “Na medida do possível: poemas da aldeia”. “Um dedo de prosa: escritos da aldeia” e “O redator de obituários: crônicas, artigos e talvez ensaios” constituem a sua face de prosador sempre atento aos acontecimentos do cotidiano e aos sortilégios da vida literária. Homem de vasta cultura, de rara compleição moral, visceralmente dedicado às coisas do espírito e absolutamente entregue às dádivas da leitura, reúne, assim, as mais legítimas credenciais para habitar a velha e ilustre Casa de Coriolano de Medeiros e desfrutar do mistério da imortalidade. Com certeza, sua presença entre os sócios efetivos do antigo sodalício virá, de fato, robustecer a sua história memorável e dar maior dignidade intelectual e artística à sua imagem.