Mirtzi Lima Ribeiro
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Mentes arejadas e abertas?

Por: | 06/03/2025

 


                           Mirtzi Lima Ribeiro 


Li um certo prefácio escrito no ano de 1920 a um livro de Freud que faz considerações sobre o mundo onírico e sua relação com as mensagens que o inconsciente apresenta ao nosso consciente, inclusive os símbolos universais envolvidos e de sua interpretação. 


O texto me pareceu atualíssimo, quando mencionou que o universo médico ainda é bastante conservador a ponto de ter profissionais com extremada barreira e ceticismos sobre o campo da psicanálise e do desvendar do nosso mundo psíquico.

 

Esse preâmbulo ao teor do livro trouxe também a importância em mantermos tanto a mente quanto a capacidade de percepção aguçadas e abertas, de modo a podermos fazer as adequadas interpretações com vistas a uma maior compreensão sobre nós mesmos. 


Não obstante terem se passado 105 anos da data deste prefácio para os dias atuais, a leitura que eu consigo efetuar sobre os cenários que observo me fez crer que, enquanto coletividade, retrocedemos nos conceitos sobre a mente humana, seu campo emocional, cognitivo e psicológico. Estamos em uma era de densas trevas associada ao fundamentalismo religioso, que vem afetando e obstruindo a percepção da sociedade. 


Esse quadro também é refletido nos segmentos que deveriam ter avançado no campo da transdiciplinaridade, considerado as realidades quânticas e a necessidade de tratar o organismo humano como um todo indivisível e não continuar colocando o foco apenas em combater sintomas isolados.


Medo e ignorância reunidos têm gerado abalos que empurram o ser humano ao precipício e ao extremismo. Esse procedimento tem sido reforçado por pessoas com mentes que não são e nem estão arejadas.  


É preponderante a abrangência, o olhar sistêmico e a percepção do entrelaçamento do campo emocional e psíquico nos indivíduos.

Curando e oxigenando o campo emocional e os aspectos psicológicos é possível construir uma saúde integral, interna e externamente.


Pesquisa e ciência demandam perspectivas e aberturas sem prejulgamentos na observação, em ponderar, pontuar e tabular dados de experimentos que possam consolidar teses e conceitos cada vez mais interconectados e em contínua interface. É preciso desfragmentar para ver o todo e tratá-lo como um todo em suas interações.


Quando se está pacificado no centro de si mesmo, com maior compreensão sobre os processos internos, todo o organismo responde e atende favoravelmente, demonstrando que há essa correspondência e interconexão, que passa a ser evidenciada no tônus da pele, no viço dos olhos e em um quadro de saúde geral.


Jamais estaremos cônscios de todo o universo e capacidades que existem latentes dentro de nós, enquanto não conseguirmos vislumbrar os fios do nosso tecido consciencial e compreendermos que tudo está em conexão e tudo se toca.


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