Antonio Caldas
Antonio Caldas
Antonio Caldas

Reviver o passado

Por: | 26/04/2025

 

 

Vim reviver o passado, travar diálogo com o tempo, embrenhar-me no firmamento em busca de solução, conversar com anciãos que foram mestres da gente.

 

Aconselhar-me com o presente, refugiar-me no silêncio para um estudo de caso, no caminho do passado vou reescrever a história, contar um caso, uma história que antes não escrevi.

 

Um sonho da cor de anil, o voo da arribaçã, um capulho de algodão esgarçado pelo vento, barreiras que barram o tempo, um ambiente fecundo, mentes feridas por chumbo, restos mortais, sequelas.

 

Transeuntes de favelas, licença para passar, morre um aqui, outro acolá e a justiça não chega, e assim nessa peleja o morro vira notícia, se uns choram, outros gritam pedindo a Deus seu louvor.

 

Desumanos mal-humorados, pecadores descontentes, avalanches de mentiras, causídicos, meios imprudentes, vassalagem de homens cultos, mercados de entorpecentes, guerras de religiões, vigarices, cretinices, deselegantes, indecentes.

 

Cá estou a pensar no hoje, por não perceber o ontem, pedras de rubis, diamantes, mercados livres de sexos, peças finas de lingeries, nudismos adultos, infantis, expressões extravagantes.  


Isso faz a elegância do tempo, ressurge alegria da vida, diz a história contada, faz a história revivida, o nosso viver caboclo, a natureza aguerrida, o homem se recompondo no resfolegar da lida.  


Caldas


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