Na velha cidade de Misericórdia, os dias de sábado eram dias de feira. Era também nos sábados que os moradores das fazendas convergiam para a cidade, para prestar contas aos seus patrões e receber o salário da semana.
Eles chegavam até a Praça João Pessoa, por exemplo, amarravam os burros, e entravam na sala, onde estava o fazendeiro. A minha avó ficava brava, quando eles cuspiam no chão, mascando fumo. Depois que recebiam o dinheiro, se dirigiam ao mercado, faziam a feira e retornavam à fazenda.
Num desses sábados, entrou um morador numa das mercearias, e perguntou à dona se tinha fumo. Esta apontou para a extremidade da loja, onde havia várias mesas contendo rolos e mais rolos de fumo.
O morador então foi de mesa em mesa. Matuto, grosseiro, mal-educado, ele cheirava o rolo, dava uma mordida, e cuspia no chão. A dona pacientemente observava.
Fez isso com um, dois, três rolos. E a mulher olhando. No quarto rolo ele cheirou, deu uma mordida, cuspiu no chão... E soltou um peido!
Virou-se pra dona e perguntou:
“Não tem um fumo mais forte do que esses?!”
A mulher respondeu;
“O de cagar deixei em casa!”
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