Por Ranieri Botelho
Enquanto o povo brasileiro luta todos os dias para colocar comida na mesa, há quem, em Brasília, viva de olhos fechados para a realidade do país. São os mesmos deputados que, eleitos pelo voto popular, agora se ajoelham diante dos super-ricos — os donos de fortunas que nunca sentiram o peso de um boleto atrasado, o aperto de um aluguel vencendo ou a humilhação de depender do SUS, enquanto bancos e grandes empresários engordam bilhões em lucros.
Esses parlamentares — sim, aqueles que deveriam representar o povo — escolheram representar as grandes fortunas. Escolheram as elites que acumulam riqueza em paraísos fiscais, enquanto o trabalhador paga imposto até no arroz e no feijão. Que moral tem um deputado que vota contra a taxação dos super-ricos, mas aprova aumentos para si mesmo? Que cara de pau é essa, Brasil?
Enquanto o país sangra em desigualdade, esses “defensores do capital” fazem discursos cheios de palavras bonitas sobre “liberdade econômica” e “insegurança jurídica”, como se o problema do Brasil fosse cobrar demais de quem tem tudo — e não de quem não tem nada. Fingem não saber que o Brasil é um dos países mais desiguais do planeta, onde os 1% mais ricos concentram quase metade de toda a riqueza nacional.
Não, deputado. O problema não é o pobre que recebe o Bolsa Família. O problema é o milionário que não paga o que deve ao país, o empresário que sonega, o investidor que manda o lucro pra fora e deixa o povo aqui com as sobras.
Votar contra a taxação dos super-ricos é cuspir na cara do povo brasileiro. É declarar, sem vergonha, que estão a serviço de banqueiros e especuladores — e não de quem os elegeu. É uma traição. Uma covardia política e moral.
A história cobrará caro. O povo pode até demorar, mas não esquece. E quando a maré virar, esses que hoje defendem o privilégio dos bilionários sentirão o peso da revolta de um país cansado de ser explorado.
Porque o Brasil não aguenta mais carregar nas costas os ricos, os corruptos e os covardes de terno e gravata.
E em 2026, o povo há de expurgar, pelo voto, todos esses inimigos do povo que traíram a nação.
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