Mirtzi Lima Ribeiro
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Mirtzi Lima Ribeiro

Ditadura jamais

Por: | 02/04/2024

 


Mirtzi Lima Ribeiro 



Nesses dias, tivemos um sombrio aniversário que marca os 60 anos referentes à data do início da ditadura no nosso país, Brasil.


No dia 08/01/23, outro evento drástico que visava à destruição dos poderes instituídos desta república, foi noticiado em todo o mundo, e, debelado em nosso território para a tranquilização da maioria.


Ainda sob investigação e com processos instaurados, alguns golpistas-terroristas foram presos. Entretanto, falta punição para muitos que apoiaram, patrocinaram, especialmente aqueles que idealizaram, planejaram e promoveram essa orquestração perniciosa.


Os horrores das torturas e perseguições jamais devem retornar como formas de controle e coerção aos civis. Esse tipo de coisas precisa ser afastado assim como suprimidas toda e quaisquer iniciativas nesse sentido.


O mundo evoluiu, e, não deve regredir a esse ponto: à vilania e à falta de humanização nas questões de poder sobre a população.


A democracia é uma conquista valiosa para o nosso povo, e que não pode e nem deve ser ameaçada ou eliminada. Ao contrário, ela precisa ser consolidada, se fazer robusta e incontestável.

Cabe a nós, cidadãos, primarmos por sua manutenção e perenidade.


Havemos de ter mais consciência, mais responsabilidade social e maior engajamento na defesa da democracia. Não é possível cedermos ou aceitarmos passivamente mentalidades tacanhas e absolutistas.


Os pressupostos democráticos, visam à universalização de direitos políticos para o todo do tecido social, sem fazer diferenciação social, de etnia, de gênero, e, com o incremento do acesso ao conhecimento para todos, o quanto possível.


Dessemelhante aos conceitos da democracia nascida na antiga Atenas (Grécia), que contemplava a elite social local, a democracia contemporânea tem por objetivo alcançar a todos os indivíduos da população. Apesar das lacunas daquele modelo, o conceito do democratismo ateniense inspirou as modernas democracias.  


Inclui-se na democracia contemporânea, a assunção da responsabilidade cidadã e do devido controle social consciente por parte da população, que recai sobre melhoramentos no sistema implementado, assim como sobre a gestão e o parlamento eleito.


A assunção da responsabilidade e do controle social, significa também, que o voto é escolha e preferência individual, sem que com isso o cidadão assinale apoio incondicional e incontestável aos eleitos. Mas, com a devida vigilância sistemática, para que estes cumpram seus papéis de representantes da sociedade, sem desvios dessa finalidade. 


Esse é o ideário a ser alcançado na nossa tão jovem democracia que não emplacou nem mesmo 40 anos. 


Muito há de ser feito de modo a levar amadurecimento quanto aos princípios democráticos à população existente, especialmente, os jovens brasileiros.


Esse processo iniciado com o movimento “Diretas Já” e a Constituição Cidadã de 1988, jamais deverá ou poderá ser interrompido. 


Os gritos desvairados de despóticos, de simpatizantes pelo absolutismo ou de inconscientes e inconsequentes que os seguem, devem ser contidos porque representam a desumanização, o aviltamento dos direitos humanos e a exclusão dos desfavorecidos. Devem ser coibidos porque são fruto de ideias obscuras, danosas e opressoras contra a humanidade.


Logo, “Ditadura nunca mais!”


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