Por: | 13/05/2024
Dia das mães! - Mirtzi Mirtzi
12/05/2024
Dia das mães!
Mirtzi
Hoje, domingo, dia 12 de maio de 2024, comemora-se o “Dia das Mães”. A data é celebrada por muitos, sentida por outros em razão de não terem
mais sua mãe viva para abraçá-la e demonstrar o quanto ela foi e é importante. Há também aqueles que não chegaram a conhecer as suas mães porque ficaram desde cedo em orfanatos.
Muitas mães perderam filhos, vivenciando sofrimento imenso por isso. Por sua vez, há aquelas garotas que anseiam que chegue o momento de viver essa experiência e, consciente ou inconscientemente, treinam com suas bonecas como cuidar de outro serzinho que lhes venha a estar nos braços pela maternidade.
Temos também as mulheres que desejaram ter um fruto em seu ventre e isso nunca aconteceu. Algumas delas adotaram filhos e outras permaneceram sem tê-los. Outras abraçaram animais porque não puderam ser mães de humanos. Mas, também, há aquelas mulheres que conceberam e deram à luz seus filhos e ainda adotaram animais de estimação. Todos são filhos ou seres de quem cuidamos com esmero e cuidado.
Uma das maiores experiências humanas é a maternidade, é saber-se carregando uma outra vida dentro de si. Sentir seus movimentos e acompanhar todas as sensações e alterações hormonais que esse fato carrega consigo.
Experimenta-se todo tipo de mudança: psicológica, física, emocional, mental e espiritual. A mãe nasce no momento de sua criança vir ao mundo. Antes, ela nunca havia sido uma mãe. E a cada filho é uma experiência diferente e inédita.
Associada a esse rico fato, vários avanços estarão disponíveis para uma mulher absorver e desenvolver. A principal é ser uma orientadora, mentora, tendo o cuidado para não conduzir completamente a vida dessa outra vida. Ou seja, há de se ter o zelo necessário e o respeito requerido para guiar sem obscurecer os talentos e os dons daquele novo ser.
É indispensável exercer essa tutela e equilibrar a disciplina em relação à sensatez entre direitos e deveres, sem podar as iniciativas e os interesses da criança. Isso é tarefa difícil, inteligente e sagaz. Nem todas as pessoas estarão preparadas para orientar de modo imparcial, e ao mesmo tempo, considerar os interesses daquele outro ser sob os cuidados dessa mãe.
Há também a figura paterna, que deveria seguir esse modelo e ser apoiador dessa mãe. E isso, não é comum acontecer. É muito sutil a linha que separa eticamente o guiar com respeito ao outro, mesmo sendo um filho ou filha. Mais difícil ainda, é equacionar essa educação com diferenças substanciais entre os pais, que muitas vezes não se entendem e não comungam de pensamentos semelhantes.
Almas grandiosas tiveram mães sábias e que os guiaram sem prejudicar ou minar esses filhos. Maria, a mãe de Jesus, por exemplo, era uma mulher letrada e isso era incomum na época dela. Seu grau de instrução era elevado e sua inteligência emocional e intelectiva, também. Tanto que criou um ser superdotado destinado a mudar o mundo.
Sempre que lembro do tema “mãe”, penso na história da mãe águia. Quando ela entende que eles estão preparados, ela vai com seus filhotes até um lugar alto o suficiente para ensinar-lhes a voar. E, um a um de seus filhotes, ela impulsiona para que voem. Embaixo só há o despenhadeiro. Mas, a mãe águia os joga a todos para que, sozinhos, alcem voo. Eles têm na mãe a confiança de que voarão. Instintivamente, todos voam e experimentam o que realmente vieram fazer em suas vidas.
Assim deve ser uma mãe que prima pela imparcialidade, que sabe separar seu apego emocional à necessidade do desenvolvimento de seus filhos: elas precisam ensinar a confiança com seu exemplo, de modo que seus filhos aprendam a voar sozinhos, que tracem e alcancem seus objetivos, que conheçam a si mesmos, que avancem em consciência. Ela dá as ferramentas e os ajuda a desenvolver seus dons e talentos, habilidades e discernimento. Ela é guia, não um superior ditando regras. Ela é farol, que ilumina caminhos. Ela também é um porto seguro, um ancoradouro, que ensina sobre o equilíbrio emocional e o apoio amoroso. Ela é a luz e o calor que aconchega e acalma os corações de seus eternos filhos. Isso é ser mãe em sua plenitude.