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Deboche ideológico de Rui Pimenta, presidente do PCO, defrauda o marxismo e infama a esquerda

Por: | 27/05/2024

Deboche ideológico de Rui Pimenta, presidente do PCO, defrauda o marxismo e infama a esquerda

por Washington Rocha

 

O tenebroso regime teocrático do Irã tem como uma de suas prioridades vigiar as mulheres: as persegue, prende, espanca e mata se ousarem desobedecer o rigor dos códigos de escravidão a que estão submetidas. De violências semelhantes são vítimas os homoafetivos; passíveis das penas de prisão, chibatadas e execução.

Vanguardeada por mulheres de extrema coragem que arriscam todos os dias suas vidas – muitas já foram e continuam sendo sacrificadas -, a resistência a esse horror cresce pelo país. Se há um movimento no mundo que mereça o apoio da esquerda, de todos os democratas, de toda gente civilizada, é este heróico movimento de auto defesa das mulheres iranianas (e também de homens iranianos corajosos e solidários).

Todavia, uma parte insana da esquerda resolveu apoiar não os setores oprimidos, mas sim a teocracia opressora. Aqui no Brasil destaca-se um militante autoproclamado marxista, membro de um partido que se pretende marxista-leninista-trotskista: Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO).

Rui Pimenta vem de escrever um artigo, intitulado “Em defesa do Irã” (Brasil 247 23/05/2024), no qual gasta sua dialética para extensamente defender o regime teocrático dos aiatolás. De forma abjeta, o Pimenta minimiza e justifica a opressão sobre as mulheres. Para ele, por exemplo, a exigência do hijab (cujo não uso ou incorreção no uso tem sido motivo para prisão, espancamento e assassinato de muitas mulheres pelos defensores das leis da moralidade iraniana) deve ser compreendida, por ser tal uso “um costume tradicional”.

Regimes como o do Irã são, de qualquer ponto de vista civilizado – inclusive do ponto de vista do marxismo histórico – o que existe de mais atrasado na face da terra. Porém, a dialética fajuta de Pimenta frauda o marxismo para concluir que o regime político iraniano é “a mola mestra” do “agrupamento de forças mais revolucionário no mundo”.

O arremate da doutrinação fake-marxista é uma afronta à esquerda em geral. Vejam:

“o Irã desempenha um papel revolucionário enorme e deve ser apoiado por todos os que se consideram democráticos, progressistas, anti-imperialistas, revolucionários, comunistas e socialistas”.

Quanta estupidez! Não há dialética no mundo que consiga vender uma teocracia obscurantista como guia universal para o progresso e a revolução.

VADE RETRO!


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TELMA CRISTINA DELGADO DIAS FERNANDES - João Pessoa
Excelente, parabéns