Já disse o poeta que “A Praça é do Povo”. A praia
também é do Povo. Pode deixar de ser se o Povo deixar que seja aprovada a afrontosamente
indecente PEC 3/2022. Tendo sido vitoriosa na Câmara, a já apelidada “PEC da
Privatização das Praias” avança no Senado, tendo por relator o senador Flávio
Bolsonaro.
Assim, trama-se no Congresso Nacional o maior
esbulho da história do Brasil desde que invasores esbulharam os indígenas
tomando-lhes as terras. Se a PEC sem-vergonha vingar, praias de todo o país
irão sendo fechadas de ponta a ponta para construção de mansões, condomínios,
resorts e hotéis; tudo do mais alto luxo, coisas caríssimas. Como a especulação
imobiliária é voraz e veloz, logo o Povo ficará a não ver navios: passear
na praia, deitar na areia, tomar banho de mar...; esses e outros deliciosos
prazeres serão de usufruto exclusivo dos ricos.
Diante de tal ameaça, crescem protestos em espaços
da mídia e das redes sociais; o que é muito bom, mas é pouco. Os congressistas
que promovem a PEC espoliadora, representantes da extrema-direita e do extremo
fisiologismo, são reincidentes em maldades e calejados. A única reação capaz de amedrontá-los,
de reduzi-los e derrotá-los será o Povo nas praças, nas ruas e em todos os
lugares: o Povo mobilizado.
O Povo somos todos nós. Vamos começar a nos mexer.
Vamos fazer marolas, depois grandes ondas e vagas impetuosas: um tsunami
democrático.
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