Cavaleiro da Esperança
Cavaleiro da Esperança
Do ofício e das horas
Por: Aurélio Aquino | 30/06/2024
Do ofício e das horas
cabe ao poeta
engolir as madrugadas
e amanhecer o verbo
no
peito das palavras
cabe ao poeta
a estranha lida
de construir andaimes
nos sonhos que exercita
cabe ao poeta
insurgir a vida
e praticar rebeliões
sob medida
cabe ao poeta
alinhavar o tempo
e caminhar pelas calçadas
impunemente
cabe ao poeta
ser quase marinheiro
e navegar as âncoras gerais
que se cravam no peito
cabe ao poeta
promover os sábados
à condição de domingos
e distribuir horas de riso
como gerente dos sentidos
cabe ao poeta
não se pentear
a não ser em espelhos
que apenas comentem sua face
cabe ao poeta
abster-se da morte à tarde
e nunca morrer sem verbo
que lhe resguarde
cabe ao poeta
os infartos
não os do corpo
mas os da alma
cabe ao poeta
todo discurso
que não sendo palavra
tenha lógica mais justa
cabe ao poeta
guardar a outra face
e tanger a noite do mundo
com seu grito de liberdade
cabe ao poeta
viver cedo
mesmo tarde.
Aurelio Aquino
FONTE: Facebook
-
Acesse
Mais artigos de "Cavaleiro da Esperança"
COMENTE ESTE ARTIGO
Todos os campos são obrigatórios - O e-mail não será exibido em seu comentário
VER COMENTÁRIOS (0)
Outras Colunas
Editorial
Waldemar José Solha
Areia de pote
Cavaleiro da Esperança
Mirtzi Lima Ribeiro
Ensaios Irreverentes
Sérgio Botelho
May Cirilo
Frances Zenaide
Antonio Caldas
Hildeberto Barbosa
Renato Uchoa
Rubens Pinto Lyra
Archidy Picado Filho
Rocha 100
×
Contato
Estado
Acre
Alagoas
Amapá
Amazonas
Bahia
Ceará
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Tocantins