O que é coletivo precisa ser prioridade em relação ao individualismo
Mirtzi
Todas as pessoas que agem como se fossem o suprassumo e o centro do universo, que desrespeitam leis e regras básicas de convivência ou são condescendentes com quem está na mesma casta superior deles, que são claramente supremacistas pelo seu comportamento, embora da boca pra fora digam que não são.
Eles fazem memes ou bullying com gente de cor diversa da sua pele branca, onde seu público alvo são pessoas morenas, negras, pardas, asiáticas e indígenas. Geralmente, fazem as chacotas dentro de sua bolha social onde se divertem com isso, ou junto de quem compartilha do hábito nocivo de humilhar aqueles que possuem menos estudo ou menos dinheiro que elas.
Esses também, são os que gostam de ter razão em tudo, mesmo que a racionalidade e o discernimento esteja distante delas a milhões de quilômetros.
E eles precisarão rever seus conceitos, baixar o ego e raciocinar sem subterfúgios, sem os preconceitos que abraçaram e sem as deformações de pensamentos que absorveram como verdade, apesar de não sê-lo. O óbvio é que quanto mais estudiosos e dedicados forem os cidadãos, especialmente dentro do mundo acadêmico propriamente dito, mais esses indivíduos serão esclarecidos e inclusivos.
Quem não é assim, com absoluta certeza, não avançou e também não estudou no campo da sociologia, das relações humanas, das relações internacionais, do direito dos povos, da cultura de todas as gentes, assim como não avaliou com denodo e profundidade os assuntos que vociferam sem base, bem como deixaram de investir no seu próprio processo interno civilizatório.
É raro ver alguém que realmente se debruça no mundo acadêmico com seriedade, agindo como se fosse um deusinho do Olimpo. Sim, aqueles deuses que quando se enfureciam, causavam tanto dado e estrago ao objeto odiado que até hoje nos deixam espantados, dada a proporção dos castigos e maldições impostas ao objeto de seus ódios.
Quem age assim, precisa ressignificar seus pensamentos. Porque o posicionamento sem humanidade e sem inclusão, é tão retrógrado quanto as ideologias supremacistas que defendem e as mentiras horrorosas que disseminam para afirmar que possuem algum tipo de razão.
O tempo e as demandas de agora são outros: é da inclusão, da justiça social, dos direitos igualitários para todos os desiguais, que é o mesmo direito para todos e não apenas para uns poucos privilegiados. Hoje, é tempo que requer respeito mútuo, relações adequadas e equilibradas, no âmbito pessoal e profissional, assim como nos meios sociais e coletivos.
O apelo contemporâneo é que a razão e a razoabilidade devem tender para o coletivo. O individual ou o interesse de um cidadão, deve se diluir diante de demandas coletivas. É esse apelo da sociedade que deverá forçar os ególatras e os que pensam apenas em sua bolha social, para que aceitem e entendam a realidade alheia.
Este apelo pungente, os supremacistas vão ter que engolir, de modo a forçar uma mudança de pensamento, de mentalidade. Eles precisam sair da sua bolha de conforto e privilégios para começar a pensar na realidade do outro e que os outros contam, e, contam muito.
Do contrário, essas pessoas serão ostracizadas e deverão se recolher para se adequem ao respeito ao próximo, ao olhar com discernimento, para nunca mais fazerem trincheiras com as mentiras seculares hediondas que as alimentam de modo tenebroso.
Não podemos e não devemos ser tolerantes com essa bizarrice que se instalou no país com tanto desrespeito ao próximo, com slogans falsos e falsos moralismos.
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