IMBECIL.

Imbecil é aquele que tenta ser contagiante nas suas observações, mas, mesmo assim, não é capaz de se destacar como tal. É aquele que se esforça para se comportar condignamente num evento de confraternização, mesmo sendo de caráter familiar. É aquele que tenta fazer humor em apresentações folclóricas, mas é ridicularizado pela qualidade das suas peripécias imbecilizadas. Aquele que assobia em um recinto que exige o máximo silêncio e se manifesta silenciosamente em ambientes que possibilitam ações vocalizadas vibrantes.

Imbecil é aquele sujeito que não admite ser convidado para evacuar de um ambiente, onde não se permite a presença de adultos, mas, teimosamente, revida, esboçando sentimento de discriminação e prática bullying. É aquele indivíduo que não estabelece quaisquer tipos de sentimentos emocionais, mesmo diante de sinistros com perdas fatais. É aquela pessoa que não tem o mínimo de pudor em provocar e instigar ideias contextualizadas de caracterizações que fogem das regras e princípios da civilidade. E se vangloria quando aparece bem na foto.    

Julgo-me incapaz de admitir que ainda não estou apto e capaz de diferenciar as peripécias absurdas do imbecil, tampouco de compreender a infantilidade de suas retóricas. Por sua vez, não quero digladiar com suas ideias, considerando que o imbecil é, indubitavelmente, aquele sujeito que não se permite ser questionado acerca das suas teses argumentativas. É do tipo que cria personagens onde não há encenação teatral. E tenta fazer humor onde a plateia tem ojeriza a manifestações folclóricas, onde o recinto foi reservado para apresentação de peça teatral de caráter lírico. Por assim dizer, é terrivelmente difícil encontrar palavras para construir um conceito que possibilite classificar as peripécias deselegantes de um imbecil.

Expressar, por fim, que o propósito do texto narrativo, não tem caráter de macular ou satanizar os ditos imbecis, mas propõe questionar o quão tal comportamento poderá acarretar prejuízos na construção de processos evolutivos da sociedade na formulação e construção de equipamentos democráticos, culturais, educacionais e éticos, onde os meios e os extremos possam colidir pacificamente, para que a ambiguidade governe implacavelmente.

Do autor Caldas.