Hoje, mergulhei nos porões da história, para melhor compreender o quão é importante o olhar da filosofia política na composição e configuração dos contornos do jogo democrático. No julgamento das análises do senso comum, que entendimento podemos extrair do que seja a filosofia política e como se processa sua estratificação em relação ao estado, governo e o ser humano? Lembrar que “esse tipo de pensamento que não foi testado, verificado ou metodicamente analisado, está presente em nosso cotidiano e é passado de geração em geração”. É, portanto, categoricamente popular e culturalmente aceito.
Decerto, sabemos que a “filosofia política é uma vertente da filosofia que procura estudar questões acerca da convivência entre o humano e suas relações com o poder, além de analisar temas relacionados com a natureza do estado, do governo, da justiça, da liberdade e do pluralismo”. Cá para nós, o tema, aparentemente, pode até transparecer fácil, mas que entendimento teriam os ajuntamentos de pessoas com acesso apenas o olhar do senso comum? Para tal compreensão, importaríamos pensar que o estudo da filosofia política deveria ter obrigatoriedade na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), desde o Ensino Fundamental, Médio e Médio profissional. O questionamento me posiciona indagar o que segue: como votar consciente sem conhecer temas relacionados com a natureza do estado, do governo, da justiça, da liberdade e do pluralismo? Por que negar esse acesso aos estratos sociais que dialogam apenas com o olhar do senso comum? Quem engendrou essa estratégia? O evocar, por lei a obrigatoriedade do voto como regra de legitimação cívica, não seria uma espécie de escravização? Ou fui eu que idealizou o equívoco?
Arrisco dizer que as representações políticas se negam a dialogar frente a frente com seus correligionários (povo). Observa-se que, em algumas circunstâncias, homens e mulheres são cooptados para exercer papéis de vassalos fiéis para servir a vários senhores em troca de mínimas e famigeradas migalhas. Indivíduos famélicos e abaixo da linha de pobreza são usurpados por homens estúpidos, arrogantes e cruéis. Eles, sim, são donatários de todos os tipos de riquezas, mas adotam uma política da exploração que coloca seus fiéis vassalos ao regime de trabalho análogo à escravidão. Abre-se um parêntese para, com uma veemente e absoluta convicção de que a categoria política vai guilhotinar o Estado Democrático de Direito por suas inconsequentes, inconsistentes e medíocres manifestações antidemocráticas. Ratifico que o povo não deve ser tratado como lixo genético, tampouco como vassalos e famigerados indigentes. Dizer, por fim, una-se, povo!
A composição do parágrafo seguinte, reservei para listar o rol de todos os presidentes do Brasil, como segue:
1. Deodoro da Fonseca - Período de mandato: 1889 a 1891.
2. Floriano Peixoto - Período de mandato: 1891 a 1894.
3. Prudente de Morais - Período de mandato: 1894 a 1898.
4. Campos Salles - Período de mandato: 1898 a 1902.
5. Rodrigues Alves - Período de mandato: 1902 a 1906.
6. Afonso Penna - Período de mandato: 1906 a 1909.
7. Nilo Procópio Peçanha - Período de mandato: 1909 a 1910.
8. Hermes da Fonseca - Período de mandato: 1910 a 1914.
9. Venceslau Brás - Período de mandato: 1914 a 1918.
10. Delfim Moreira - Período de mandato: 1918 a 1919.
11. Epitácio Pessoa - Período de mandato: 1919 a 1922.
12. Artur Bernardes - Período de mandato: 1922 a 1926.
13. Washington Luís - Período de mandato: 1926 a 1930.
14. Getúlio Vargas - Período de mandato: 1930 a 1945.
15. José Linhares - Período de mandato: 1945-1946).
16. Eurico Gaspar Dutra - Período de mandato: 1946-1951.
17. Getúlio Vargas - Período de mandato: 1951-1954.
18. Café Filho - Período de mandato: 1954-1955.
19. Carlos Luz - Período de mandato: 1955.
20. Nereu Ramos - Período de mandato: 1955-1956.
21. Juscelino Kubitschek - Período de mandato: 1956-1961.
22. Jânio Quadros - Período de mandato: 1961.
23. Ranieri Mazzilli - Período de mandato: 1961.
24. João Goulart - Período de mandato: 1961-1964.
25. Ranieri Mazzilli - Período de mandato: 1964.
26. Humberto Castelo Branco - Período de mandato: 1964-1967.
27. Artur da Costa e Silva - Período de mandato: 1967-1969.
28. Emílio Garrastazu Médici - Período de mandato: 1969-1974.
29. Ernesto Geisel - Período de mandato: 1974-1979.
30. João Figueiredo - Período de mandato: 1979-1985.
31. José Sarney - Período de mandato: 1985-1990.
32. Fernando Collor de Mello - Período de mandato: 1990-1992.
33. Itamar Franco - Período de mandato: 1992-1995.
34. Fernando Henrique Cardoso - Período de mandato: 1995-2003.
35. Luiz Inácio Lula da Silva - Período de mandato: 2003-2011.
36. Dilma Rousseff - Período de mandato: 2011-2016.
37. Michel Temer - Período de mandato: 2016-2019.
38. Jair Bolsonaro - Período de mandato: 2019 - 2022.
39. Luiz Inácio Lula da Silva - Período de mandato: 2023 - até o presente.
Considero que a filosofia política é uma vertente imprescindível para compreensão do processo da estabilidade democrática, estado, governo e sociedade. Compreender sua leitura é romper com as análises medíocres do anticulturalismo, linguagens exacerbadas que instigam conflitos, fomentam diásporas e escraviza mentes. Dizer aos homens sem escrúpulos que nosso povo não é gado, nosso povo não se vende, nosso povo tem dignidade. Una-se, povo!
Do autor Caldas.
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