Em longo colóquio de meditação, há idos anos, presenciei e ouvi de velho homem, a mais nobre, sábia e resiliente das palavras. Em meio a um lugar inóspito, põe-se diante de mim, fitou olhar nos confins azuis do horizonte, curvou os joelhos no solo firme, fez um gesto de paz; sinal da cruz e me disse: é, meu jovem! Nenhuma das mais cruéis e terríveis das circunstâncias que, por ventura, atravessem nossos caminhos, por razão nenhuma, devemos colocar em juízo a imponência da existência humana. Pois a vida é uma ideia inimaginável. É, portanto, uma dádiva que não se compra, tampouco se vende. Mais adiante, fez uma pausa abreviada, retornou ao ponto inicial da reflexão e proferiu: nunca devemos reclamar do pouco que possuímos, pois existem milhões de pessoas dentre nós que nada têm, mas são felizes. Encerrou a frase dizendo: não se classifica a felicidade pela exuberância da riqueza.
Do autor Caldas.
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