Devo, sim, amar as minhas escolhas. Primeiro, porque poder escolher me parece um dom, uma dádiva. Segundo, porque só o amor pode dar sentido às escolhas. Sou um animal, porém, sou mais que um animal. Se sou determinado pelas minhas circunstâncias, como nos ensina o mestre espanhol, posso e devo transcendê-las, pelo meu desejo e pela minha vontade. E isto é o que me faz um ser humano. Ultrapassar a fisicalidade dos fatos me põe na esfera livre das escolhas. Na zona perigosa das escolhas. Não é fácil alterar o destino de nossas circunstâncias. Mas viver é isto. Escolher. Escolher por amor.