Aqueles que se sentem incompletos e incapazes de fazer certas coisas devem se perdoar; pois, além das nossas muitas limitações, a Vida não se quer completa numa só forma de ser. Se quisesse não haveria desenvolvimento, diversidade, evolução na Criação. Se quisesse, teria feito apenas um segundo, uma estrela, uma lua, um planeta e, nele, uma árvore, um monte, um rio, uma nuvem, uma flor, um bicho, uma estação... Um de nós; apenas um, com todos os talentos por serem distribuídos unicamente concentrados nele, onde toda capacidade de manifestação da Beleza, da inteligência, da criatividade, da força física e do amor se encerrassem, sem que a Vida precisasse fazer como se faz: se dividir pra se multiplicar e se distribuir em quantos quer em eternos exercícios de interações para, por fim (?)[1], com nosso intermédio, conseguir cooperações à sua complementação; como foi, vem sendo e continuará a ser sempre.
[1] Pus a interrogação na afirmação porque talvez nossa espécie não seja ainda “a coroa da Criação”, como acreditamos, podendo evoluir para outra mais refinada e capaz de melhor representar os anseios de perfeição da Vida.
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