Comecei a me interessar por Música ainda na infância, com as audições que meu pai fazia de músicas clássicas, eruditas, de Rock, dos instrumentos que meu avô paterno tinha em casa (já que era maestro compositor) e de compositores brasileiros como Toquinho e Vinícius de Morais: "São demais os perigos desta vida pra quem tem paixão", cantou o poeta pra também me prevenir precocemente sobre o que eu, enquanto artista "romântico", iria enfrentar durante a vida.
Porém exercitei mais o Romantismo em minhas relações afetivas, amorosas, sem que tenha me dedicado às audições dos discos de Chico Buarque nos idos anos 1970, já que presava mais pela música instrumental (que se processa entre as relações das notas às melodias e às harmonias que gerarão "o clima", havendo mesmo músicas que podem ser "vistas").
E então, entre tantas composições que fazem gozarem e sofrerem os corações, raramente estive me apresentando em bares, sem que, como meu falecido amigo Wander Farias, tenha 2.000 títulos de músicas na memória pra agradar qualquer pedinte presente onde se apresentava, nem toque violão como ele (embora, como reconheceu numa noite quando tocávamos juntos, eu tenha um estilo).
Aqui e ali, estive em muitos palcos enquanto "suporte luxuoso" (como gentilmente me apresentavam) de outros músicos compositores e intérpretes; em festivais ou em apresentações solo.
Hoje, sem que goste dos holofotes me iluminando e trema com a ineficiência de certos sonoplastas, prefiro o ambiente do estúdio, embora, depois da gravação de EQUINÓCIOS, eu esteja querendo me mostrar outra vez tocando num palco.
Talvez nos anos que vêm.
Quem sabe?
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