25 ouros, 26 pratas, 38 bronzes: Brasil faz em Paris sua melhor Paraolimpíadas

25 ouros, 26 pratas, 38 bronzes: Brasil faz em Paris sua melhor Paraolimpíadas
09/09/2024

Brasil encerra Paraolimpíadas com melhor campanha da história

Time Brasil termina edição de Paris 2024 na 5ª colocação no quadro geral, com 89 medalhas (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes). Todos os pódios tiveram a digital do Bolsa Atleta

Carol Santiago e Fernando Rufino desfilam com bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 | Foto: Wander Roberto/CPB

O Time Brasil encerra sua participação nas Paralimpíadas de Paris 2024 com o melhor resultado da história do país na competição. Foram 89 medalhas conquistadas com 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes. Todos os pódios tiveram a digital do programa Bolsa Atleta, do governo federal.

O resultado é a consagração dos objetivos traçados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, que definiu em 2017 como meta para os Jogos de Paris estar entre as cinco melhores delegações. 

Com o encerramento das Paralimpíadas neste domingo (8), o quadro geral de medalhas teve a China como a grande campeã, com 94 ouros, seguida pela Grã-Bretanha em segundo, com 49, e pelos Estados Unidos, com 36 medalhas douradas. A Holanda terminou em quarto, com 27 medalhas de ouro.

Quadro de medalhas:

China: 94 ouros, 76 pratas e 50 bronzes (220 medalhas)

Grã-Bretanha: 49 ouros, 44 pratas e 31 bronzes (124 medalhas)

Estados Unidos: 36 ouros, 42 pratas e 27 bronzes (105 medalhas)

Holanda: 27 ouros, 17 pratas e 12 bronzes (56 medalhas)

Brasil: 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes (89 medalhas)

Itália: 24 ouros, 15 pratas e 32 bronzes (71 medalhas)

A China continuou seu domínio nas Paralimpíadas alcançando pela sexta vez consecutiva o topo do quadro de medalhas. Desde Atenas-2004 o gigante asiático lidera a classificação geral, tendo mais medalhas de ouro, prata e bronze que qualquer outro país.

Já o Brasil, alcança o seu melhor resultado em Paralimpíadas. Até aqui, a maior quantidade de ouro que o Time Brasil havia conquistado era em Tóquio-2020, com 22 ouros (três a menos do que a edição de Paris). A quantidade de pratas obtidas só não foi maior do que nas Paralimpíadas do Rio-2016, quando a delegação do país faturou 29 medalhas (ante 26 pratas nesta edição de 2024). Em Paris, o número de bronze também superou a Rio-2016, quando o Time Brasil teve 29 medalhas (ante 38 em Paris).

O total de medalhas conquistados pelo Time Brasil, 89 medalhas, também supera o número de 72 pódios obtidos em Tóquio-2020 e Rio de Janeiro-2016.

Campanhas do Time Brasil (total de ouro):

EdiçãoOuroPrataBronzeTotal
2024 Paris25263889
2020 Tóquio22203072
2012 Londres2114843
2008 Pequim16141747
2004 Atenas1412733
2016 Rio de Janeiro14292972
1984 Nova Iorque717428
2000 Sydney610622
1988 Seul491427
1992 Barcelona3047
1996 Atlanta261321

Campanhas do Time Brasil (total de medalha):

EdiçãoOuroPrataBronzeTotal
2024 Paris25263889
2020 Tóquio22203072
2016 Rio de Janeiro14292972
2008 Pequim16141747
2012 Londres2114843
2004 Atenas1412733
1984 Nova Iorque/Stoke Mandeville717428
1988 Seul491427
2000 Sydney610622
1996 Atlanta261321
1992 Barcelona3047
1976 Toronto0101

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, o resultado é uma consequência do planejamento estratégico anunciado em 2017 e de uma mudança de rumo na estratégia da entidade.

“Esse plano foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos e nos guiou até aqui. Ele traz a inclusão para o centro do nosso propósito. A gente deixa de fazer a inclusão pela repercussão e passamos a tê-la em nossa missão. Mudamos a lógica do desenvolvimento esportivo. Passamos a ir até as pessoas, criamos o Festival Paralímpico, a Escolinha Paralímpica, o Camping Escolar [que reúne os destaques da Paralimpíada Escolar para um período de treinos em alto rendimento]”, afirmou Mizael em entrevista coletiva concedida neste domingo (8) na Casa Brasil Paralímpico, em Saint-Ouen, cidade vizinha a Paris.

“Criamos o caminho do atleta, que parte da escolinha e que pode culminar em um pódio como aqui em Paris. Perdemos dois anos do ciclo por conta da pandemia [de COVID], caso contrário, teríamos mais jovens oriundos desses programas. Com os resultados dos projetos de formação, os resultados serão ainda melhores”, emendou o presidente do CPB.

Bolsa Atleta

Das 89 medalhas conquistadas pelo Time Brasil na França, 100% delas têm a presença do programa Bolsa Atleta, do governo federal.

Criado durante a gestão do deputado federal Orlando Silva (PCdoB) no ministério dos Esportes, durante o primeiro governo Lula, o Bolsa Atleta completou 20 anos com a marca de R$ 1,5 bilhão investidos em mais de 37 mil atletas ao longo das décadas. O governo aponta que o Bolsa Atleta é o “maior programa de patrocínio individual de esportistas do planeta”, uma vez que já concedeu mais de 105 mil bolsas.

Em 2024, o programa bateu recorde com mais de 9 mil atletas contemplados. O orçamento para o ano é de R$ 160,4 milhões.

Dos 280 atletas paralímpicos brasileiros em Paris, 274 integram o programa do Ministério do Esporte (97,8%), incluindo todos os atletas medalhistas.

Estreante em Jogos Paralímpicos, o sul-mato-grossense Paulo Henrique dos Reis, que conquistou a medalha de bronze no salto em distância da classe T13 (deficiência visual), agradeceu o seu melhor salto na temporada aos patrocinadores, inclusive o Bolsa Atleta.

“Cara, felicidade imensa, primeiramente eu queria fazer agradecimentos à minha família, minha mãe, esposa, filho, que está com dois aninhos, todos torcendo por mim lá no Brasil. Agradecimento também ao Sesi, ao CPB, a todos os programas que nos fortalecem, como o Bolsa Atleta e a Bolsa Pódio, que são muito importantes. Agora eu não passo fome porque estou levando a bolachinha para casa”, brincou, em referência à medalha.


FONTE: Vermelho (vermelho.org.br)

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