Carlos Fávaro falava aos órgãos de comunicação social no quadro da visita de três dias à frente de uma importante delegação de empresários brasileiros, com a finalidade de constatar o ambiente de negócios e o nível dos investi- mentos vocacionados à produção de cana-de-açúcar, grãos e gado.

O governante brasileiro reconheceu que Angola, à semelhança do Brasil, tem todas as condições para deixar de depender da importação de alimentos, alcançar a auto-suficiência e se tornar um exportador, desde que sejam feitos os necessários investimentos.

Além da produção de alimentos, frisou, o município de Cacuso também se pode tornar num centro de produção de energia eléctrica com fonte na biomassa e etanol, tendo em conta a vocação para a produção de cana-de-açúcar e fibra.

Carlos Fávaro manteve um encontro de cortesia com o governador da província de Malanje, Marcos Nhunga, e com os representantes do sector privado antes da sua comitiva ter seguido a Cacuso.

A delegação, constituída por vários empresários, efectuou uma ronda pelas fazendas “PIPE” em Pungo Andongo, “Terras de Koló”, produtora de milho, feijão, soja e animais de corte, fábrica de açúcar da BIOCOM, entre outras unidades localizadas no Pólo Agroindustrial de Capanda.

Carlos Fávaro revelou que a sua estadia visa a troca de experiências na produção de grãos e sementes, um segmento que os empresários brasileiros estão dispostos a investir em Angola no sentido de internacionalizar as empresas que actuam no agro-negócio.

 “Temos a intenção de fazer prosperar os dois países com o crescimento da produção agrícola, pelo que vamos potencializar áreas disponíveis e investidores do Brasil que investem no sector da Agro-pecuária e Indústria”, garantiu.

A província de Malanje conta com a presença de cerca de 30 empresários brasileiros com interesse em investir no município de Cacuso.

Os empresários do Brasil pretendem investir na produção de fibras, alimentos e energia, em função da boa qualidade dos solos, entre outras condições favoráveis ao cultivo na região.