Angola e Cuba têm grandes potencialidades para estabelecer uma relação de cooperação ainda maior e com benefícios mútuos para ambos os povos e países, afirmou sexta-feira, em Luanda, o Primeiro-Ministro cubano, Manuel Cruz.
"Temos uma cooperação estabelecida em vários sectores da Economia e que se está a fortalecer. Consideramos que temos potencialidades para lançar uma cooperação ainda maior, porque os nossos países têm muito para oferecer e partilhar, em benefício de ambos os povos”, disse Manuel Cruz, sublinhando terem sido, esses, os motivos que o trouxeram a Angola.
O Primeiro-Ministro revelou que a conversa com o Presidente João Lourenço incidiu sobre a avaliação do nível das relações entre os países, "tanto a político, quanto económico e comercial”, sublinhando que o encontro permitiu a troca de ideias e de lembranças sobre o momento actual da cooperação bilateral.
"Sou portador, igualmente, de uma forte saudação do general Raúl Castro e do companheiro Miguel Díaz-Canel, Presidente da República de Cuba, para o Presidente João Lourenço, que também enviou um forte abraço”, referiu o chefe do Governo cubano, para quem o diálogo com o estadista angolano evidenciou os fortes laços de amizade e cooperação entre os dois países.
"Tivemos uma conversa completamente em espanhol, e isso demonstra, ainda mais, a compreensão e entendimento entre nós”, acrescentou Manuel Cruz, para em seguida ressaltar a inauguração, a 11 de Outubro próximo, de uma unidade hospitalar em Angola, que levará o nome de um dos heróis cubano da luta de libertação angolana. "Acho que é um grande reconhecimento, que agradecemos imenso. Uma delegação cubana estará presente nesta inauguração, porque sempre estamos ao lado do povo angolano, muitas vidas e muito sangue foi derramado aqui neste país, não só por Angola, mas também por África para a eliminação do apartheid”, sustentou.
O interesse de Cuba, acrescentou Manuel Cruz, é o de sempre cultivar uma cooperação internacional sem interesse de levar nada, com o compromisso de continuar a ajudar Angola.
"Estamos a atravessar, hoje, momentos muito complexos, mas continuamos a combater convincentes de que teremos a vitória e, ainda assim, com estas dificuldades, continuarmos a ajudar o mundo, sobretudo nos domínios da Educação e Saúde”, referiu.
O Primeiro-Ministro cubano orgulha-se com o facto de Cuba reunir, a nível mundial, mais de 50 mil médicos, entre os quais em Angola, mantendo o princípio da partilha de conhecimentos, "como ensinaram os líderes históricos Fidel e Raúl Castro”.
"Estamos muito comprometidos com o povo angolano, e sempre dizemos: a luta continua e a vitória é certa”, finalizou o chefe do Governo de Cuba, fazendo referência a um "slogan” muito conhecido em Angola.
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